segunda-feira, 3 de março de 2008

alguém que te aconselha.

Talvez seja isso que tenha me matado, essa loucura toda.
o lago negro, o exagero de transições,
é difícil mudar a cada dois minutos, entre idéias, decisões e humores
A sanidade parece uma pena voando com o movimento dos pensamentos,
repousando sobre o que se instala por tempo maior.
É como dizer a receita se você mesmo não sabe fazê-la.
Pessoas como nós não conseguem compreender a maioria das coisas e

talvez a grande diferença do restante seja não suportar a situação ao
invés de se acostumar com ela. Tento não levantar o rosto pela manhã,
encarar o espelho antes do sono, minha despedida particular.
Quando algumas cores voltam, nas noites de cigarro e conversa no deck,

nos humores amanhecidos da transa anterior.
Sinto algo engraçado, situações quase divinas. Os casais passam adiante,
bebeM do mesmo copo e dormem juntos em camas separadas.

Quase como tudo quanto é sólido,
omo todos os meus amores e o que eu decidi agora.
aqueleS planos que abandonarei assim que as pessoas se encaminharem,

tentar achar um motivo para odiar e entender porque não amo
desesperadamente quem devia estar na lista dos trinta.
O papel que entreguei à ruiva de cabelos negros, esvaziei a terceira xícara de vez,

vou até a rua de pedras, na luz vampírica flutuar meu descanso e minha condenação.
Você foi até hoje
Tudo o que me levantou e
o que me desmORona todas as vezes e é quase como
um vício que caminha por mim e me eleva em mortes e ações.
Espero o sábado, o dia dos comprimidos,
Quando tudo pode
fazer
mais sentido
do que nas noites restantes, nas unhas curtas.
Me ignorar é o olhar mais excitante que você me deu,
é tudo que poderia querer e esta guardado no que eu chamo de animal,

no que comove meu lado mais vivo mas que não me convence a preferir viver.


Marco Antonio :~