sexta-feira, 2 de julho de 2010

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hoje eu acordei mais cedo, senti a cerveja de ontem e só queria
água. e só queria alivio. só queria entender por onde caminho.
assim, talvez devesse ter abusado mais da bebida, mesmo que
não fizesse nada sumir. era exatamente o que eu precisava,
ou quem eu precisava. certas coisas a gente não faz por falta de
ponto, certas decisões a gente não toma por falta de amigos.
os verdadeiros te encorajam mesmo que não exista possibilidade
alguma de tudo se concretizar. hoje eu não tomei café, roubei
balas de menta e esqueci de comer a granola. esqueci: de como
se fala certas coisas. aprendi: a suportar esses dias em que eu
não queria que fosse um dia.

o sol é muito forte, o sentimento anda na mesma linha e eu não
sei lidar com isso. tenho medo de dar passos e, na verdade, hoje
eu queria ser daquele tipo que nem liga. mas eu ligo. ligo demais.
e quando
não respondi certas coisas, foi por não saber dar certos passos.
não: talvez eu saiba dar os passos - até bem largos - e consigo,
só não sei acompanhar/manter/controlar esse caminhar.
eu só não sei me acompanhar/me manter/me controlar.

não sei fazer nada do qual eu esteja com medo de que termine.
e se me reservo, é por autodefesa, assim,
inconsciente-consciente-sem-conseguir-mudar-de-atitude.

não gosto de gostar demais, não sei, pareço planta em água que
ainda não ferveu.