terça-feira, 12 de outubro de 2010

next Exit.


a gente passa por tantas situações que chega o momento
em que aprendemos a conviver com os finais. mas levar
os finais numa boa, acaba interferindo nos inicios e nos
meios e nos processos do término. nos acostumamos a
não sofrer por alguém que é apenas mais um alguém, dos
tantos que provavelmente aparecerão. não que soframos
menos a cada alguém, e também não nos curamos com
mais rapidez, apenas aceitamos de forma menos revoltosa.
até que passa. as vezes demora, as vezes isso requer
cigarros demais, garrafas vazias proporcionais ao quanto
se chorou, mas passa. e fica aquela sensação de que não
saberemos lidar novamente com qualquer novo alguém:
e saímos felizes por não querer mais e já ter desenvolvido
o desapego. aham, desapegado. de quem mesmo? pois é,
esquecemos do fato de que ainda existem muitas outras
pessoas e que alguma delas vai ser teu próximo alguém e
você vai querer saber tudo tudo porque vocês gostam das
mesmas coisas e os lábios são macios e apertar é melhor
do que ser só conhecido do alguém. mas é tudo tão novo,
e você lembra que antes o anterior era novo também, se
estendeu por meses e acabou doendo e demorando pra
cicatrizar. quanto tempo precisamos estar com alguém
pra achar tão legal a ponto de querer que tudo dê certo
dessa vez? pois é, não existe tempo certo. daí dá medo.
não pode acontecer tão rápido, não posso querer me
mostrar tão rápido, enviar músicas e compartilhar gostos
sem saber que a pessoa realmente quer receber. parei.
só quero, mas vou esperar quererem também. comecei
do ponto firme que foi a conversa e terminei falando do
ponto incerto em que me encontro cheio de vontades de
alguém, já que até agora não tinha encontrado alguém
com quem tanta coisa fechasse. pode ser pegadinha do
malandro, fiquem ligadinhos.