domingo, 9 de agosto de 2009

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fica tudo assim, como se eu tivesse fazendo a merda sozinho.
ninguém comenta sobre a parte dos outros, como se a tentação
estivesse aqui e quem, deliberadamente sai à procura dela,
pela simples condição de não fazer parte daquele mundo, fica
de fora das opiniões por simplesmente não ser aquilo: apenas
querem seus minutos de participação, de satisfação egoísta.
to cagando pra esses comentários, olhares ou opiniões, também
tenho minhas satisfações clandestinas sem entregar toda a
tigela do meu açucar. e o que deixa o café amargo é ver que tudo
tem sempre mais parte dos outros e. fica tudo assim, como se
eu tivesse fazendo a merda sozinho. e o que estufa o estômago
é ver que os créditos nunca são meus, mesmo que -fique surpreso!-
tenha feito as coisas da maneira correta. a chuva pára. dormir logo
por causa de horário de almoço do dia dos pais. garagalhando aqui:
o almoço só tem avô e uma obrigação sacana de ligações hipócritas.
a noite segue tendências. uma música repetida que gosto tanto:

" sunday morning, we'll soon be out on the boulevards.../
...
i'm all about you, you're all about me, we're all about each other/
you don't have to tell, 'cause I know so well what we are all after..."

Paris 2004, Peter Bjorn and John








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você já amou um remédio, Márcio? hein, já amou o efeito de um remédio?

Camila Lopes