quarta-feira, 9 de julho de 2008

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Agora ela leva a beleza da hora;
tudo o que estava aquei escapou pelas frestas de uma tradução.
nao sei se continuarei aqui,
cansei de esperar e de fazer tanta coisa pra me ajudar.
Entao eu deito o rosto pra sobreviver e me expor à luz.
Me comprometi com o que esparramei no chão e preciso decidir que rastro limpar.
Quando levantei pela manhã me arrependi de
ter escrito,
de sentir o comprometimento, de ter prometido e de achar que
queria que tudo ficasse bem também.
Comecei a desistir antes de começar novamente e não saber o certo,
nao se decidir por um rastro é tao enlouquecedoramente envolvente que
cascas sentiram um alivio imediato. Toquei o medo de deixar de ser o
mesmo encontro , pois ha tempos deixaram de me querer por perto.
Enfim, foi-se o tempo em que as sensações eram mais fáceis.
Esperei, disse que receberia; deitei e pintei tudo de verde.
No segundo dia esperei mais um pouco, esperava apagar de mim a sensação de existir sozinho.
Mas a tarde se encheu de luz sobre os lençóis azuis e ouvi aquela musica das miligramas,
da garota do remédio...e a beleza das horas se foram com o próprio tempo que passou.


Marco Antonio