segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

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não sei o que dizer. todos me confundem. todos me dão medo.
as vezes acho que estou tão cansado que nem raciocino mais,
mas sei que estou do mesmo jeito, só que com vários machucados
que não tinha antes. não consigo dormir em paz, depois de
tantos dias tentando fazer tudo passar, quando realmente consegui
sentir que não me importava mais: o telefone toca com as
mesmas conversas de sempre, o msn abre com trazendo toda a
confusão de volta. queria conseguir dizer que não quero ouvir.
dizer que não quero saber. que não quero porque quando eu
demonstrar que ainda gosto, você vai sumir. e sumiu dois dias depois.
eu tive sonhos ruins de tanto pensar, parei de ler, parei de enxergar.

as pessoas são complicadas demais pro meu saco, não sabem o
que querem, não tem noção do que demonstram, do que prometem,
sugerem, insinuam. eu já não sei o que me faz feliz. nada é tão
irônico do que checar o celular todo momento, fumar sentado
encarando a caixa de
texto do blogger e matar tempo no caixa do
supermercado por ter
medo de voltar pra casa ou de ter que ficar na
rua. ou de continuar
sozinho achando que tenho alguém por presenças
idiotas. promessas
curtas e ridículas. meu amor termina ao ver uma
música bizarra
tocando no teu player, de tanto que eu gosto, de tanto
que eu sei gostar. nasci pra ficar sozinho ou pra encontrar alguém exato,
ou pra aprender sozinho que bom não são os que começam como
tempestade e depois ficam calmos: no próximo ano que as coisas mais
calmas, as pessoas melhores. (eu que escolho a ordem das palavras)