terça-feira, 24 de agosto de 2010

alphabet Town.

as vezes percebemos que pessoas não querem pessoas ou
relacionamentos, elas só querem encontrar possibilidades

possibilidades de ter aquele drama bonitinho de seriado

possibilidades de pelo o menos uma vez sentir o amargo no
peito e reclamar dele, mas no fundo sentir que ele faz a vida
pulsar e que sem tudo isso o resto é só o resto, porque
quando ele pulsa, ninguém importa. nada importa. tudo
importa. agora tudo importa, tudo pesa. nada se encaixa, mas
tudo parece ter sido premeditado. eu, que vivia me afogando
em "se tivesse" ou "se não tivesse", percebi que minhas
atitudes são pequenas ao poder que as pessoas tem de
modificar tua confiança e tua preocupação e teu querer bem.

o que não importa mais é resolver tudo, pois essas coisas
feitas não tem resolução. e pensar que podem ter tantos
culpados, tantos "se", tantos momentos em que pessoas
deveriam ter freiado, se controlado ou só terem cuidado
dos sentimentos e fatos que lhe dizem respeito. me sinto
no centro de uma sala fria, rodeado de crianças que ainda
não tiveram o momento de crescer e ter seus próprios
relacionamentos, que não percebem as coisas fódas da vida
e que não conseguem manter uma atitude linear e congruente
pq no fundo acham que sentem muito mais do que sentem
de verdade. não é demais querer certa segurança, menos
instabilidade e controle. coisa de adulto que nem tão velho
precisa ser, mas também não precisa ser menininha
frágil se perdendo histéricamente. no fim, passei um dia liso,
tentando não pensar em nada disso. não vejo horizonte,
nem futuro, nem coisa próxima e preciso -só uma vez -
me ver tão meu que.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

noite de sábado. -s

My Last Days of Romance - Vanguart

You call me in, I check my clock
My shoes were stolen
And you come and you surround me

The sun comes down, the flowers' dirt
The bird that sings
Is the same that surrounds you

But now I'm spinning through
My last days of romance

A good friend said we lasted too long
But now who's going to
Desperately surround us?

I even forgot
the unforgetable caresses
that used to surround us

And now I'm running through
My last days of romance.

You crossed my way, I said goodbye
The rain hit us like
A pillow that surrounded us

I've made up my mind while drivin' a bad trip
And now you're not here
To warmly surround me.

Cause I been heavily hit
By my last days of romance.

domingo, 15 de agosto de 2010

.just like honey

eu acredito em ti. assim, sincero ou sem piscar. eu queria
só dizer eei, pergunte-me como eu me sinto ao perceber
que tudo isso é verdadeiro, mas agora eu só estou tentando
fazer com que tudo se transforme em verdade. é nisso que
estou acreditanto. não podemos voltar, mas deixar como
está. que caminhe, que seja. sei que sobre ontem, jamais
me senti tao à vontade. aprendi a não querer mais ser o
centro enquanto não tiver certeza de que o meu está no
lugar. não quero machucar, e o único jeito de evitar isso
é ficando como/onde estou. perdi principios e coisas que pensava
serem certas. não os quero mais. agora só tenho perguntas,
agora só quero saber pra onde foram tantas pessoas, pq
já não sinto nada pela familia e quero ser alguém assim tão
cheio de mim. nos últimos dias a melhor sensação que tive
foi não me sentir sozinho enquanto estava sozinho. durou
pouco tempo, meio cigarro talvez, mas foi grande. as últimas
conversas não tem sido de esperança, mas de fuga. cada vez
mais percebo que apesar de ter todos esses caminhos, o
que seguirei será o mesmo que já foi traçado e pelo qual
venho caminhando. se não acredito que tudo possa ser como
quero, qual é a força que me movimenta? aquela de que a
qualquer momento tudo pode mudar ou aquela que não deixa
a engrenagem parar por maior que seja a merda envolvida?


acho que sempre fico com a primeira opção. todas as minhas
visões são dramáticas, todas funcionarão e todas levarão um
bom tempo para surtirem efeito. até lá só tenho poucas bandas
e uma vontade de me preparar que nada tem a ver com
estudar. só tenho questionamentos sobre o tempo e a certeza.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

.

as vezes basta apenas uma estrela para salvar a noite inteira.
sinto medo. talvez eu tenha perdido minha maior habilidade,
pelo menos
a que eu tinha certeza que conseguia controlar. agora tudo
é flácido e eu comecei a olhar mais para trás do que para o
que estou esperando.

domingo, 1 de agosto de 2010

a time to be so small.

nem sei como descrever. nem posso começar. nem tentar.
fujo no meio de festas e cancelo cafés que eu tanto queria,
pessoas reaparecem, eu reapareço: faltam pedaços, sobram
vontades e dúvidas, como sempre. está gelado, quero
tempo para ler, não quero que troquem agora, queria
participar e ao mesmo tempo só quero conseguir me
organizar. e organizar não envolve apenas papéis, arquivos
e tentar descobrir com quem está aquele cd do Chico
Buarque, preciso saber o que estou fazendo, pelo o que
estou caminhando agora pra que a próxima mudança não
seja novamente frustrada. também não quero esperar
parado, mas talvez eu tenha me arrependido de algumas
decisões por ver que nada precisava ter mudado. ao
mesmo tempo pode ter sido válida uma mudança pro
crescimento de toda a coisa. nada está certo, nada está
errado também: não quero mais entender, só continuar a
rir como tenho feito ultimamente -mesmo que para isso
sejam necessários algumas cervejas e uma carteira de
Marlboro Light. não estou fugindo de mais nada por aqui.
um tempo certo pra retomar meu lugar, que seja grande
ou pequeno, mas que o sinta como meu de verdade. se
não o tenho agora, que eu fique em silêncio até que o
encontre.
todos temos um lugar certo, esperando ou
vindo ao nosso encontro.