sexta-feira, 29 de junho de 2007

Do bloquinho.

E por surgimento,
desesperam almas ressequidas.
Sossegam amores e desencontros.
De uma forma ambígua,
falada e mal descrita...
Tocamos em alto, em grupo e em desigual.
Suprimos medos e botões,
xadrez e tudo que tão cedo irá voltar,
surgir e por fim definhar.

Marco Antonio

segunda-feira, 25 de junho de 2007

MãeS.

Tenho esse medo e essa derrota dentro de mim que consome cada fagulha vital de meu corpo. Esse sentimento que só você consegue acentuar e ao mesmo tempo acalmar, e por isso estou indo embora. Muitos pensariam que meu “ir embora” é como sair para fazer compras e não mais voltar, ou mesmo voltar para a minha terra natal mas não se trata disso. Também não quero que todos pensem nada, tão qual que saibam o que se passava em nossa sala aconchegante no inverno, não quero que pensem que em algum momento eu deixei de ser feliz, e talvez nem o tenha. Na verdade, acho que eu deixei de senti-la, acabei por menosprezar o que havia de ingênuo e em pequenos suspiros sem atenção eu deixei a desejar, eu fiz com que o encanto que minha existência trazia se apagasse e isso pesa em minhas costas, atrapalha meu sono e o meu viver. Não consigo me organizar e não consigo parar de pensar, e claro, querer controlar os próprios pensamentos é estar a um passo da loucura, e talvez eu o esteja. Ouvir de tua boca o suave veneno de me desprezar, me fez lembrar o dia em que gritou em meu rosto o sofrimento de me carregar. Lembrou-me o disforme dia em que você se mostrou pra mim e que eu mostrei a mim mesmo que estava sozinho. Desse dia em diante algumas coisas mudaram- sempre queremos mudar- mesmo assim, continuam sentindo por ti, e de uma hora para a outra, eu não estava mais ai. E mesmo depois de tantos meses e de tantas coisas novas e asas presas, lágrimas e tristezas, eu teria satisfação em estar de volta. Ontem, você me mostrou a face que eu havia me esquecido desse lugar, e lembrei de toda mesquinhez e toda humildade exagerada de pessoas que temem aumentar seus próprios limites, como isso me irritava.. mas retomando a palavra, sinto que meus pulsos cedem de uma forma exacerbada e tolerante. Minha cabeça resolve cair e eu sinto uma dor insuportável nas juntas, nas pernas em todas as partes. Penso nos filmes e livros em que as pessoas escutavam seus próprios sentimentos opostos discutindo, eu não ouço, mas eu sinto exatamente isso.
De um lado minha ânsia de sentir-me extasiado e ao mesmo tempo confortado e seguro, a indolente forma dizer a si próprio que algumas coisas devem mudar, mas é realmente isso, não tenho força e não me sinto confiante a ponto de mudar, recomeçar ou arriscar. E por isso insisto em querer ir embora. Não aquele embora frisado no inicio do que escrevo, mas acabar com tudo, ou finalmente ir ao encontro de um recomeço um pouco mais complexo e espectral. Não consigo visualizá-lo, mas acho que seria como sempre imaginei...lâminas, cores vermelhas e vibrantes e um branco extremamente branco, brilhante e puro almejando força. Talvez fosse assim, mas acho que visualizo a realidade de como seria, e de veras isso me perturba um pouco. Sendo assim, eu quero ir embora, mas covardemente espero um momento de real aperto, uma situação em que me sinta em divida com algumas coisa, como quando não sentia mais saída e que talvez todos se desesperassem, eu desistiria de tudo da forma mais poética quanto possível, e se não fosse possível, seria uma cena suja, banal e realmente dolorosa, a coisa mais dúbia a se fazer, corajosa e pateticamente covarde. Talvez agora que tenho alguém por tempo determinado pra me fazer bem, não irei ainda... tudo isso me excita e deixa com uma indelével sensação frenética de ansiedade, com certeza eu sinto isso...e também tenho certeza que não tardarei em partir, mas a minha partida...
...e além de tantas frase e tantas formas maleáveis de se sentir, tu sempre foi meu ponto, meu centro, minha dor, minha fuga, alegria e amor
.
Marco Antonio
[. no inicio seria uma carta de alguem para alguem,
logo depois seria uma carta de suicidio(nao q nao tenha
sido) mas eh q fikou mais profunda, talvez ateh algo meio
manipulador e chantagista! MAE, acho q um pouco da carta
-se nao por completo- é para você.
segunda feira, subscrevo-me por aki, ja que devo trabalhar
neh. penso e me angustio...em alguma parte do tempo, algo
acontecerá..] Beijosenaomeliga,
massevocefordaminhalistarestritadepessoasinteressantes:
beijomeliga,podemossair.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Talvez.


Me leve para qualquer lado
que nao seja responsavel,
que nao me veja como linhas, e
que nao me ame em suas culpas de amor.

Me deixe em qualquer canto
onde vazem periodos de dor,
com uma certa manha ensolarada.
E quando cairem velhos salarios, preferivel esperanca
de nao amar ninguem.

Nao tem nada.
Nao sobram palmas para sua esperanca.

Uma nostalgia agregada em meus olhos cansados,
minha dor
inconsciente nao agrada,
nao prende, nao define.

Liga hora e pensamento a fora e ninguem me decide a cancao que afinal ira tocar. \

Marco Antonio
[eu sei que adoro a palavra nostalgia xD]

domingo, 17 de junho de 2007

Nostalgia.


Pêlos.
Caras manhosas em meu traveseiro.
Cheiro de sol em teus cabelos, cadeira de ferro e pés na grama.
Mãos dadas na sombra,
sexo matinal e um branco e doce sabor de cinzeiro.
A sensação que não pode-se descrever: Sentir teus pés nos meus,
e lembrar deles ao som de um filme ligado e nossos gemidos abafados.

Marco Antonio.

A foto é pq justamente foi essa a noite em que vimos closer, uns 3 meses antes d eeu ir embora.
E foiuma das noites bouas que passamos juntos como mtas outras ateh q...neh? Saudade. Nostalgia.

terça-feira, 12 de junho de 2007



E enquanto todo esse calafrio arrebata cada pêlo do meu corpo, passa rapido pelo estomago e termina enfim, lentamente e minhas coxas, as coisas ficaram em tom de laranja. Não mais preto e branco como ja foram, nem coloridas como ficaram durante um tempo, mas estagnaram em apenas um. Como devem ser. Deveria estar assim por um sentimento de posse durante o bem-estar que a situação devia causar, mas esta como esta, por ser algo que deve mudar, uma situação que não se corrige, que apenas se modifica. Não pode ser moldada, mas quebrada bruscamente pra que alguma parte sinta-se bem, e que infindaveis outras acabem por entristecer, enraivecer e definhar. E de tão estranho é ter nas mãos as escolhas que se deve tomar, me acovardo aqui diante de Deus, diante dos outros e de mim mesmo. Passo a cada dia mais injurio e incerto do que esta ou estará correto. Sinto nojo de pensar que não consigo decidir ou mesmo pensar. Sinto raiva de não sentir ao certo, de não decidir o que faço, nem o que sinto. Queria escrever bem, palavras que derretecem na boca, que deixassem o pensar leve, mas isso não flui. As vezes quando ouço suas vozes e tremendo de insatisfação sorrio, eu queria deschocolatar aos seus pés, eternizar minha existência e correr ao encontro de um vazio infindavel, de uma situação com gosto de cerejas, aroma de café e textura de abobora cozida. De uma face vermelha transformaram-se todas as minhas duvidas, aqueles sexos tão dúbios que se queixavam de ser usados e continuavam a suprimir tantos desejos irreparaveis.
Eu não sinto e não respeito o que consigo chegar a sentir.
Eu tenho medo e me enoja esse sentimento de temer o inseguro que antes tanto me excitava.
Eu não tenho sido eu, mesmo assim tenho vivido. Não consigo ver o fundo do espelho, e mesmo assim consigo sentir o cheiro da casa da Sally e fazer com que isso inunde meu coração. Consigo sentir a profundidade do abraço da Nadja e fazer com que esses segundos eternos de patologia encarada tomem conta do meu ser até que tudo volte ao normal. Até que eu decida o que eu, la no fundo, sei que é certo. Eu tenho um encontro marcado, a qualquer momento de flagra, comigo mesmo.
Marco Antonio

terça-feira, 5 de junho de 2007

Eh.


Marco Antonio.

Estava lendo agora um livro sobre depressão. Que fala de todas as facetas da doença.
De veras parece ser bom, ja que li apenas o inicio. E peguei a parte que o autor fala que uma
das piores coisas que acontecem ao doente, é os outros. Digo, como os outro irão ver,
reagir e se comportar ao saber disso, principalmente a familia. E como as vezes a insistência de que "nao é nada", "é só uma fase", "apenas stress"; ou pior ainda, quando o pai
fala: "isso é desculpa para não fazer nada", "preguiça!", e por ae vai, acaba piorando o estado
do paciente. De um lado por a pessoa se sentir sob pressão e tentar fingir que tudo esta bem, e
após um período a doença explode muito pior.
E então quando se fala nela, todos te dizem que é um estado de espirito,
que apenas esta se sentindo para baixo, e na verdade não se trata disso.
Os outros dizem que sabem o que estamos passando, mas não sabem nao!
E como falar sobre isso com pais ignorantes, que acharao que vc esta com corpo mole?
Nao sei. Na real, pensei muitas vezes sobre isso, e lendo sempre que as pessoas não conseguiam levantar da cama e talz, mas EU sei que eu TENHO que levantar todo o dia. E eu sei
que cada vez que eu vejo como as pessoas nbão compreendem o que eu sinto estando longe de onde eu queria estar, eu realmente pioro, pois sei que não posso falar disso com ninguem...
enfim, vai-se empurrando com a barriga tudo o que sente, de repente talvez as coisas passem, como eles falam. No meu caso nao tem passado, e meu ele briga comigo dizendo que
eu estou de mau humor (entao, nem de mau humor posso estar! lógico, ele deve acordar todos os dias muito bem, claro que nao!) mas eu nao sei, eu realmente nao sei. Antigamente,
até um valium por semana me ajudaava, nao tenho muita opção por aki, o que tem sido, é fikar mais tempo fora de casa para não sentir muita nostalgia e arependimento, nem culpa
por sentir as outras coisas. Mas realmente não é facil, e entendam-se quem sente a mesma coisa.
Julgam sempre os leigos de sentimento. Bleh!