Um puto sabado. Me irritou ficar aqueles 15 minutos
intermináveis olhando para aquela pulseira multicolorida
com uma folha de canabis à mostra, enquanto ela dizia
que precisava fumar e eu pensava: eu também, mas nem
por isso preciso perguntar ao garçon se posso ir até a janela
e fumar. uÓ. Depois daquilo, eu percebi como estava gradável
a minha tarde em casa, enquanto o pai e a madrasta jogavam
cartas com a irmãzinha de 8 anos e o sobrinho de 10,
eu gritava filho-da-puta porque umas 50 múmias
me atacavam no play2, agradavel demais.
Depois que voltei e resolvi locar Cartas a Iwo Jima,
lembrei a ele que ia viajar dia 18 ao meio-dia e que então,
nao marcasse nada. Em sua auto-suficiencia grandiosa ele
me pergunta se eu realmente achava que ele me levaria e
que daria um abraço e choraria no Adeus, no fundo eu
tentei responder que Sim, eu achava, mas a cara dele
mostrou que reprovava minha partida. Então, num bom
sabor de "caso você faça isso", nem me chame de filho. Ele
respondeu, já te avisei que sou teu pai enquanto pisar aqui.
Extraordinariamente isso me deu um ânimo para continuar
a ler As Horas, para nao ouvir barulhos, comecei a ouvir Feist
e a me distrair depois de ler 3 paginas de Mrs. Brown.
Desisti, comi horrores(aqueles putos viadinhos!) e depois
fiquei morgando no sofá.
Domingo depois da caipira de ontem, ele todo amassado e
banhado de f.. me passa pela cabeça quão mau humor não
receberei ao invés do Bom dia, mas resolve me contar que
sonhou com a fatia de pão, a nata e o açucar. Me confundo,
pergunto do filme, Ele gostou, me chama de filho e eu
dou uma risadinha. Não vou na despedida do aposentado
mas vou tentar demonstrar alguma coisa que me faça perder
menos o que agora esta mee confundindo,
não voltei
Há 8 anos