Ninguém precisa me dizer como é estranho se qualquer coisa agora
eu não tenho hora pra querer, por isso não espero sons bons
ou presenças.
Por que a gente se olha e eu esqueço da luz e da costura,
agradeço a música que quer ter o que já é meu, fico esperando um sonho
que caiba no meu bolso, que seja maior do que a covardia
que invade grandes instantes.
queria separar as horas em que esqueço qualquer motivo e que
esqueço do que preciso,
quero padir um pouco do suficiente,
Muito do que não existe, como as lâmpadas atrás
do vidro,
como o mínimo que espanta os caretas.
Esqueço de costuras e comprimentos, falo dos
detalhes vermelhos nas voltas, seguro os pêlos. Sinto
que algo quer ser meu
por duas noites e isso
já basta.
Marco Antonio
não voltei
Há 8 anos