sabado.
Sou minhas idéias em uma tinta, uma essência numa cor.
A forma de um traço é o caminho que o ontem contorna nos sinais amanhecidos. Os textos são perfeitamente retos e é tão insuportável conviver com eles que posso tornar pior morar com suas cinzas. Se hoje não preciso ter idéias –elas não dariam certo- ouço as frases dos próximos dezesseis dias, todas num recorte, todas flutuando na água que escorre pela noite. Eu não preciso mais desistir. Também não preciso esperar. As coisas tornam-se pegajosas, harmoniosas. Calmas demais; por isso deixei de desistir. As coisas são como eu estou e a cada camada de brancos aumenta o tempo que amo e odeio essa boa convivência. Ela é contra e é neutra. Mas não preciso mais esperar, o dia se forma em blocos de cores sem graça e cada aglomerado de tempo se dissolve como se as manchas que o frio causa na pele branca fossem ilusões de açúcar que se dissolvem eu meu estomago. E cada frase infla em meu peito enquanto o telefone toca –outra ilusão- e, de repente, sinto que todo esse ar esfumaçado que entra em meus pulmões trouxe qualquer coisa nova, qualquer atitude jamais mencionada. Uma família inteira de cegos que não podem enxergar seu caminho aprendeu a sentir as pedras com as mãos e, mesmo sem ver pra onde estão indo, conseguem ficar de pé nas pedras e sentir o vento da glória falsificada, já podem se afogar em pequenos troféus gelados. Talvez eu não quisesse tenta conversa ou o silencio exagerado das molduras na gaveta. Mas sinto que é isso que a casa quer, é isso que o dia assovia sob meus dedos: não preciso decidir ou acionar nada, apenas sentar sobre a mala e sentir a facada de um vento novo que é o ar que qualquer estrela constrói sob as águas pelo nosso amor e pelo o que podemos nos tornar.
A forma de um traço é o caminho que o ontem contorna nos sinais amanhecidos. Os textos são perfeitamente retos e é tão insuportável conviver com eles que posso tornar pior morar com suas cinzas. Se hoje não preciso ter idéias –elas não dariam certo- ouço as frases dos próximos dezesseis dias, todas num recorte, todas flutuando na água que escorre pela noite. Eu não preciso mais desistir. Também não preciso esperar. As coisas tornam-se pegajosas, harmoniosas. Calmas demais; por isso deixei de desistir. As coisas são como eu estou e a cada camada de brancos aumenta o tempo que amo e odeio essa boa convivência. Ela é contra e é neutra. Mas não preciso mais esperar, o dia se forma em blocos de cores sem graça e cada aglomerado de tempo se dissolve como se as manchas que o frio causa na pele branca fossem ilusões de açúcar que se dissolvem eu meu estomago. E cada frase infla em meu peito enquanto o telefone toca –outra ilusão- e, de repente, sinto que todo esse ar esfumaçado que entra em meus pulmões trouxe qualquer coisa nova, qualquer atitude jamais mencionada. Uma família inteira de cegos que não podem enxergar seu caminho aprendeu a sentir as pedras com as mãos e, mesmo sem ver pra onde estão indo, conseguem ficar de pé nas pedras e sentir o vento da glória falsificada, já podem se afogar em pequenos troféus gelados. Talvez eu não quisesse tenta conversa ou o silencio exagerado das molduras na gaveta. Mas sinto que é isso que a casa quer, é isso que o dia assovia sob meus dedos: não preciso decidir ou acionar nada, apenas sentar sobre a mala e sentir a facada de um vento novo que é o ar que qualquer estrela constrói sob as águas pelo nosso amor e pelo o que podemos nos tornar.
Marco Antonio