sexta-feira, 28 de novembro de 2008

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sinto que queria escrever algo aqui.

antecipações.

como agora posso dizer que realmente não durmo.
planejei cada passo e palavra e continuo aqui sentado
sem dormir, mas os olhos me denunciam. acredito
demais quando me prometem e fico pensando coisas
pessimistas

a queda será menor se estiver acostumado com ela
mas esperar cansa mais ainda se no fim ele não chegar
e eu não dormir.
procurarei sinais pelo corpo
meu corpo que se modifica e só o percebo quando
- como hoje -
não posso mais parar em pé, pois esses pés nao são meus.
esse sentimento idiota de três dias não pode ser genuíno.
nao posso me reconhecer assim,
se os dias já nao contam mais e se faço dessa agulha uma
espada. Esperei demais planejando e suando preocupado
com os lugares das cadeiras que
sentaríamos.
Estou pendurado
Dou os números, mas não sou eu quem recebe. Estou me desligando.
Marco Antonio .

terça-feira, 25 de novembro de 2008

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apareço.halellujah. dou dois passos e apago.
o dia termina e a sensação de tudo ter sido
feito da maneira errada permanece. é assim.
roubar e matar. ser feliz e transar. a mesma
sensação permance em qualquer segundo de
sentimento., no happy., hoje eu disse que nao
podia ficar e fiquei mesmo assim. abandonei
o que devia procurar, abandonei, droga. mais
um pouco de sol amanhã, caminhar e fazer cara
de peixe morto pras atendentes de banco que
de tão burocráticas e cheias de mim, já fogem.
mais um pouco de sol, de saco, de sono e pó.

ganho pouco, nao me divirto e ainda fico horas na fila.

sábado, 15 de novembro de 2008

tremer por.

qualquer coisa, algumas palavras tremidas que
saiam dessas
pernas. enaqunto o sol se infiltra por entre os
galhos e as sombras de cachorros e cadeiras,
escapa também essa mão tremida.

tremo pela falta de novidade, por não ser
surpreendido. tremO por deixar escapar em
videos, em sexos muito confusos, em sinais
que não foram entendidos, em grana desperdiçada.
não posso me conter e bato mais forte: o sol me
atravessa inteiro agora.
atravessa as batidas rápidas do meu coração, o
medo de mostrar-me, a exaltação do aprisionamento.
que faixa vermelha desce sempre nessas paixões
de uma viagem de ônibus ?
dez minutos por noite, cinco dias por semana, muitos
amores em um mês, histórias inteiras de sentimentos
inexistentes. a mesma solidão,
a carência inclassificável.