sábado, 15 de novembro de 2008

tremer por.

qualquer coisa, algumas palavras tremidas que
saiam dessas
pernas. enaqunto o sol se infiltra por entre os
galhos e as sombras de cachorros e cadeiras,
escapa também essa mão tremida.

tremo pela falta de novidade, por não ser
surpreendido. tremO por deixar escapar em
videos, em sexos muito confusos, em sinais
que não foram entendidos, em grana desperdiçada.
não posso me conter e bato mais forte: o sol me
atravessa inteiro agora.
atravessa as batidas rápidas do meu coração, o
medo de mostrar-me, a exaltação do aprisionamento.
que faixa vermelha desce sempre nessas paixões
de uma viagem de ônibus ?
dez minutos por noite, cinco dias por semana, muitos
amores em um mês, histórias inteiras de sentimentos
inexistentes. a mesma solidão,
a carência inclassificável.