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as coisas não poderiam ser diferentes, acho.
acho que a cada semestre acontecem todas essas
coisas que quase mudam tudo. quase. da última
vez foi tão complicado achar que alguém resgataria
o que eu tinha deixado no colchão da cama quebrada,
e agora que eu perdi a chance de ter feito o que
queria, percebo que mais um desses ciclos de espera
da mudança está iniciando. comecei bem: comecei
sozinho. sabe, sozinho nas minhas decisões. ninguém
sabe o que eu fiz e como decidi as coisas, todos acham
que essas coisas aconteceram, mas nao sabe minha
participação nela. percebo que estou acumulando essas
situações e que devo anotá-las pois logo esquecerei e
não posso: preciso olhar pra trás, ver do que desisti
anteriormente senão desisto de tudo o que fiz. é
tão chato ficar com esse sentimento de não saber se
estou arrependido, de não saber se fiz a coisa certa.
ok, sei que fiz. sei que fiz. se tivesse começado essa coisa
da qual desisti, largaria no fim do ano, eu sei. mas é
tão fóda esperar, é tão fóda esperar até o fim do ano.
de certa forma esse papel dobrado parece um sinal
de que talvez aconteça antes, mas são coisas falsas,
coisas estranhas. vou fazer as coisas que planejei: papel
vermelho, desenho colorido, ver você e dizer aquelas
coisas que venho pensando.affe, esperar é tão fóda!