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voltamos à programação normal:
tudo inconstante, um pensar vago sobre a neblina,
como se o hoje fosse todo pelos próximos dias que
devem chegar rápido. sinto as coisas passando como
um som pesado. sou o som, ou estou nele. são
sintomas riscando a mesa, manchando as mãos e
se apagando com o tempo, deixando frases incompletas
de alguma fase que passou. a música e a xícara vazia
parecem juvenis demais. tudo poderia, tudo eu
deveria estar e, nas conclusões dos meus olhos já cansados
de acordar, acabo não sendo, acabo não fazendo nada.
sempre é um sentar, ou caminhar rápido sem atenção.
e logo esqueço que queria passar por isso, reagir ao
que tenho achado errado, mas os olhos acordados
insistem em querer descansar. então descanso e acabo não
sendo, acabo não fazendo. sem desistir, só vou adiando.