domingo, 16 de agosto de 2009

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na madrugada, vagalume. ainda tremo, ainda lembro exatamente
da sensação. caralho, não queria escrever isso de forma redonda:
queria
expor cada canto do que senti agora, do que continuo
sentindo, de
tudo isso que está explodindo em mim. mas é
desconhecido demais.me desconheço demais. sinto falta demais
e não entendo essas coisas.

dormi quase o dia todo. 15mg no total e agora que é noite, começo a
me sentir disposto a encarar um dia inteiro, mas é noite e não quero
sair. talvez reler alguma coisa -já que estou sem livros novos-, talvez
esperar você realmente me convidar: eis aqui um assunto em que
podia parar por muitos minutos, falando sobre muitas dores, muitas
angústias, nós na garganta, choramingos secos no caminho de volta
da faculdade e todas essas coisas que sentia por ti em silêncio.
porra,
eu queria te falar tanta coisa.a gente continua, mas a sensação
é que
tu realmente não sabe o que eu sinto de verdade, entende?

a noite de sábado foi boa, mas to tão cansado. eu mesmo me
surpreendi por ter ido, por
resolver amanhecer fora de casa:
fazia tantotempo. acabei vacilando, sei. é que depois
que o sol
bate na cara e a cerveja começa a pesar com o cheiro de
cigarro
nas mãos, a vontade é de estar em casa no mesmo instante,
sem
espera, sem viagem, apenas estar, apenas deitar; mas na real,
acho que quero tudo isso novamente. contar dinheiro, não me
preocupar
com o tempo, se preciso terminar de ler algum livro,
acordar, ver algum
episódio ou ficar com alguém que não vale.
algumas noites demonstram exatamente o que somos em
partes
que só nós compreendemos.