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A situação de carência vivida no quotidiano das massas, onde
não há nenhuma ocorrência excepcional, onde o indivíduo
tem de levantar-se cedo todas as manhãs, pegar um ônibus
cheio, passar lá mais de uma hora, executar um trabalho
maçante, relacionar-se superficialmente com os seus colegas
de trabalho, ir cansado para casa, pegar outro ônibus cheio e
viajar mais tanto tempo, chegar em casa, jantar, sentar-se diante
da TV, cochilar e por fim dormir, para ter no dia seguinte tudo
outra vez, por uma vida toda, essa vivência sem novidades, sem
emoções, sem ocorrências que fujam do quotidiano retiram do
sujeito o verdadeiro prazer de viver.
Ciro Marcondes Filho
*ok, não pego uma hora de ônibus, nem rola isso de trabalho
maçante, mas ando me sensibilizando com os movimentos
trabalhistas, sério. vou parar de ler por um tempo. não gosto
de me envolver demais nesses assuntos. sou do tipo ''palitinho'',
nada extremista.