sábado, 26 de março de 2011

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um mês fora de casa. na real parece muito mais. vivi muito mais do que nos seis meses anteriores. aqui sim a vida tem movimento, aqui sim a vida não pára. se eu achava tudo cansativo por lá, era por pura falta de vontade mesmo. aqui tudo cansa muito mais e mesmo assim vale a pena, rola aquela sensação de que estou rodando nos trilhos que devia estar muito antes. o que antes era desespero nas noites de sexta-feira agora é substituído por tantas possibilidades que nem parece verdade. já não sinto tanta vontade de escrever. já não sobra tanto tempo pra isso. tenho vontade de escrever sobre angustias relativas ao futuro, mas tudo tem mudado tanto, que já rola uma preguiça. vou viver. porque sinto que só comecei a fazer isso de verdade agora.

quinta-feira, 10 de março de 2011

(sem mais)




Please, Please, Please Let Me Get What I Want - Smiths

Good times for a change
See, the luck I've had
Can make a good man
Turn bad
So please please please
Let me, let me, let me
Let me get what I want
This time

Haven't had a dream in a long time
See, the life I've had
Can make a good man
Turn bad
So for once in my life
Let me get what I want
Lord knows, it would be the first time
Lord knows, it would be the first time






.good times for a change

e eu que jurava já ter postado depois da mudança, resolvi visitar o blog no dia mais cansativo e triste desde que cheguei e o único em que senti um pouco de saudade de casa, e muita saudade de alguma outra coisa. mas é tudo tão fóda (de bom) aqui, que caminhar voltando da aula, pegar o trem, ver as luzes, um cinema à meia-noite, sentar nas escadarias pra fumar de madrugada, tudo isso cura qualquer vontade rápida de querer não estar mais aqui. dá vontade de deitar na caminha em casa, comer um arroz doce de mamãe e não se preocupar com nada como antes? dá sim. mas aqui cada dia é tão inesperado, a cada esquina explodem tantas possibilidades, que é difícil sacar como a gente vive sem isso no outro lugar. cansa muito mais, sim. mas vale tanto. as vezes dá vontade de ficar no meio de duas dimensões de tempo, só pra não cansar, não morar nem aqui nem em lugar nenhum, numa espécie de buraco negro da vida. mas daí vem os prédios, as pessoas, os macarrones, as novas pessoas e ter deixado pra trás tantas coisas que não me faziam bem, que me desmontavam aos poucos. não é fácil, não, mas estamos naquela de que a felicidade é a viagem e não o ponto de chegada, e com certeza essa sensação libertadora que eu respiro todas as manhãs e em cada noite fóda que já passei fazem parte do caminho. os espinhos a gente vai tirando com a boca, sem desanimar.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

das finalizações.

os dias não passam. isso irrita bastante, mas tudo aconteceu tão rápido que talvez seja bacana sentar no chão gelado e fumar um cigarro com uma calma que não encontrei durante o último mês. tirando o almoço bacana demais, o restante do tempo foi cheio de desencontros e sensações nada legais por pessoas que mudam tanto e por outras que se aproveitam da fraqueza de outras e que é um saco assistir sem fazer nada. pintei um painel. joguei roupas fora e comecei a fazer algo pra deixar por aqui, algo que procrastinei nos últimos dois meses. mesmo assim, o dia estava uma merda. daí o telefone toca no mesmo horário. e agora eu penso na loucura de tudo ter acontecido por causa de uma noite de reveillon que acabou com pastéis de rodoviária. eu vou te buscar. vamos carregar as coisas juntos e vai dar tudo certo. tem um pé de pimenta e uma cafeteira te esperando. agora pode demorar qualquer tempo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

.rule my worlD

e começam esses tempos em que a vida se movimenta de tal forma, que não sinto vontade de escrever, só de fazercom que esse movimento colabore. é tudo tão escancarado, que eu não escrevo porque tudo é novo demais, tudo foi tão inesperado que não consigo acreditar. tenho mais medodo que entusiasmo, o que não significa que eu não vá encarar com tudo. agora, cada vez que respiro, é como se oprimeiro dia do resto da minha vida estivesse chegando: e está chegando. está logo ali. e vai ficar tudo bem. não há de ser nada. pela primeira vez eu sinto que a vida pode acontecer e depois de todo o nervosismo, também sinto que tudo vá acabar bem. não: tudo vai correr bem, porque está longe de acabar, agora que está tudo começando. e eu só quero as coisas e as pessoas boas. as desnecessárias, deixarei para trás. as que eu amo, farei o máximo para estarem próximas.
assim como eu farei o máximo pra que tudo realmente aconteça. deus do céu.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

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e a gente não sabe se faz ou se não faz, fica planejando fazer coisas absurdas porque nada do que tem acontecido pode satisfazer minha vontade. e algumas pessoas que eu conheci não são as mesmas que eram quando eu conheci. eu realmente não tenho nada a ver com isso, mas daí eu olho e não vejo nada, sabe? umas pessoas estranhas, uma pele estranha, um braço estranho: eu quero vomitar porque ao mesmo tempo não tem ninguém mais. se as pessoas permanecessem mais parecidas a como se mostram no inicio, ficaria mais fácil confiar em mim mesmo. ao mesmo tempo que já não quero mais o que consegui. não parece meu, não é, não tem nada de meu. e vem essa necessidade urgente de fugir, como se sair daqui fosse a única solução. e sério, tudo parece tão errado. jamais vou conseguir tirar isso aqui de dentro se nada mudar por fora, compreende? eu quero quero tanto entender e aproveitar o caminho. nunca pedi o lugar da chegada, só percorrer da maneira que eu quero.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

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volto a tentar entender, quando já tentava me preocupar apenas com papéis e livros e organizar pastas no computador e me despedir do melhor amigo. quando finalmente eu me senti num limbo causado por mim mesmo, que talvez esteja se repetindo. fiquei as últimas três horas buscando uma forma de praticar a única resolução que fiz pro ano novo: e aí eu não faço idéia de por onde começar. quanto tempo é necessário pra alguém tornar-se importante o suficiente pra mudar vários conceitos e sentimentos em mim? to ficando com um certo receio do que pode vir pela frente, e eu nunca tinha sentido isso.antes, ficar na ofensiva não era comigo, eu acreditava nas coisas ou em como as pessoas podiam acontecer e no que toda uma relação podia se transformar. agora tudo está meio suspenso, nada parece pesar, com exceção de um futuro que já me amedronta só de pensar.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

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estou fazendo com que eu mesmo não precise mais ficar bravo

com certas coisas que não me pertencem controlar. o cara vai
tentando e tentando e fazendo tudo como parece ser certo, até
que me flagrei sendo chato comigo mesmo, repetindo e insistindo
em algo que não me trazia retorno nenhum: reciprocidade zero.
não deixo de gostar, não mesmo. lembro bem como era/foi bacana.
ou como pode ser. mas cansa um pouco ficar esperando por pessoas
silenciosas. e agora? vou no cinema e está passando o filme
Going the Distance e sinceramente, me derreti todo, viajei legal
assistindo.
mas e agora? bem, eu vou ficar sentado aqui. e se alguma coisa acontecer, não serei eu: parei de interferir no momento em que me senti idiota o suficiente pra me chamar de babaca. e não foi legal.

domingo, 2 de janeiro de 2011

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que sensação quase enlouquecedora essa de perceber que

jamais poderemos fazer com que certos momentos durem mais
tempo do que podem. dá uma vontade de ficar vivendo aquela
mesma coisa e pra sempre carregar aquela sensação que está
fazendo bem. mas né, qualquer situação que nos faça perceber
o tamanho da nossa impotência é perturbadora. ou talvez
essa seja uma das coisas mais bacanas da vida: continuar
procurando novamente aquela sensação e não se satisfazer
até encontrá-la.não foi grande coisa, eu sei, mas foi o suficiente
pra me fazer acordar pra tantas outras coisas, que já prevejo
tudo o que está por vir. e é bom, não é? essa sensação de que
já da pra ser mais bruto com as coisas que não estão funcionando
e parar de estacionar em certas coisas que deixam de fazer bem.
o resto das coisas boas estão aí e olha, cansei de pensar em
todo mundo. pode ser só sensação de feriado e ano novo, mas.

sábado, 25 de dezembro de 2010

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os dias passam lisos, mais do que pensei que passariam. acordar e esperar o dia terminar sem nem saber que dia da semana é. estar entediado com a familia e logo passar por uma das melhores noites com os amigos que não foram embora ainda : macarrão à meia-noite, cigarros, vodka, bong de garrafa pet,tacos às 3 da manhã e promessas de cupcakes. mesmo que a noite do outro dia não tenha sido de risadas incessantes, tudo fez muito sentido e ao mesmo tempo tudo parece tão quase certo: porque sempre tem aquela sensação chata de quealgo/alguém está faltando. e eu nunca sei se ta faltando mesmo ou se eu mesmo criei uma situação da qual sinto falta. acho que nem quero saber. nem quero ficar pensando. passei o dia inteiro achando que hoje era domingo e agora descubro que é sábado. ainda tem amanhã então. e tem o depois de amanhã. e parei de fazer convites, quando percebi algo patético no espelho. ainda continua a promessa de fazer cupcakes amanhã (ou assistir os outros fazendo, haha).

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

e precisava dele para sentir, mas


eu esperava tanto pelos momentos de falar e pelos momentos que podiam vir, que acabei ficando em silêncio quase que o tempo todo. e agora, cada vez que me "pergunta as horas", penso num monte de coisas legais que gostaria de te dizer, mas sempre respondo "quinze pras sete", assim, como se naquele momento qualquer coisa que eu fosse falar pareceria besteira.


Porque cada gole tem dentro uma lembrança, ou traz aquela sensação de que existe qualquer encantamento nessa cena em que bebo sozinho numa noite sem expectativas, quanto na verdade eu só queria não estar sozinho. e de repente comecei a sentir essa absurda necessidade de sinceridade, sem perceber que
recuso as bebidas e fumo cada vez menos: as vezes a gente vicia nessa sobriedade, em passar o dia inteiro sem essas fugas.Isso me aproxima demais da realidade, de sentir e perceber as coisas como são ou estão acontecendo. Era demais, como nunca talvez tivesse sido ou como talvez nunca tivesse sentido. daí eu percebo o quão fundo estou cavando em mim mesmo, como nunca tinha feito antes. e resolvo começar a não me importar se fui vencido ou se me entreguei; se amanhã estarei sozinho ou com muitas pessoas ao redor; se alguém me chamar e eu não responder, porque eu só queria que não importasse mais. já me importei demais, e continuo ainda, mas agora começou a cansar um pouco. o café ficou quente demais pra mim. e as vezes eu afundo a cara no travesseiro e vejo como nada está como antes. nem aqui nem em lugar nenhum. me agarro cada vez mais nessas coisas que tenho que fazer: riscar, escrever, conversar horas comigo mesmo - porque ainda parece fraqueza qualquer coisa que eu vá falar pra outra pessoa- sem chegar a nenhuma conclusão, tomar banhos, desbloquear cartões, aprender a fazer café gelado (e puta-que-o-pariu, é bom pra caramba). as férias começaram muito diferentes do que eu tinha pensado/planejado, e acho que a mudança mais fóda que eu poderia fazer agora seria trocar a cama de lugar. mas posso procrastinar isso também. começo a passear pela casa enquanto escovo os dentes, e imagino tanta coisa, construo cenas perfeitas pra dividir: mas estou sozinho aqui e não sei como continuar a construí-la por mim mesmo.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

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Pedro,

as mudanças mais radicais são feitas por amor, ou pela falta dele.
comecei a pensar nisso agora, e precisava te contar. sabe, a gente
começa a esvaziar gavetas, jogar papéis fora, reorganizar pastas
no computador, sente vontade de bater um bolo, de correr muitos
quilometros, a gente só quer organizar todo o caos que a relação
trouxe pra vida. sabe que escrevo pra falar de mim e que com isso
eu tento nos manter por perto. o caos já está menor aqui, acho. aos
poucos estou me organizando, me fortalecendo com o que tenho.
acho que o mais difícil tem sido lidar com uma coisa que não termina
nunca, como os relacionamentos anteriores, que foram se apagando
e que ninguém tem coragem de falar nada porque não deixou de
sentir, mas também não sente com aquela intensidade inicial. soa
tão ciclico, soa tão subjetivo, soa tão culpa minha. mas tu sabe que
não é, que é aquela coisa das pessoas que não sabem receber quando
você está querendo entregar-lhes alguma coisa. eu ri tanto com
aquilo que tu me escreveu hoje. não ri por ter achado engraçado, ri
por ter me identificado tanto com tudo aquilo. será que minha fatia
de pão sempre vai cair com o lado da geléia pra baixo? talvez se eu
não tivesse criado expectativas toscas, agora nem ligaria. mas sabe,
eu esperei demais, de verdade. e é bem patético, porque mais de uma
pessoa disse como isso se encaminharia, e eu preferi acreditar no
que eu tava sentindo, numa reciprocidade que eu já nem sei se
existiu ou se eu só inventei. quase todo mundo foge, né. e quem não
foge se perde numa mentira ou outra: não dá vontade de parar de
acreditar que vai aparecer alguém que pense e sinta como nós? ah,
eu aqui te enchendo com isso, quando você ta bem pra caramba, né.
o pior de tudo é que eu continuo esperando, sabe, sentado aqui
tantando e tentando, mesmo que eu já tenha me decepcionado tanto
pela falta de consideração, pelo menos pra falar qualquer coisa e tal.
mas vai passar, a gente sabe que vai passar. e quando a gente ficar
bem, vai lembrar e pensar "podia ter sido com você", mas estava
desinteressado demais pela própria vida. não tenho feito muitos
amigos, porque quanto mais as pessoas vão nos decepcionando, mais
medo a gente tem de confiar nas próximas que apareçam. queria
poder te visitar agora. te ajudar a terminar esses parágrafos que
levam manhãs inteiras pra serem escritos. queria poder ver a vida
como a gente via três anos atrás, lembra? tudo parecia ser tão
diferente. mais fácil, talvez. ingênuo demais, talvez. mas parecia mais
ensolarado, não parecia? o tempo vai passando e, cada coisa que
acontece, ou nos deixa amargos demais ou mal acostumados demais.
to me sentindo meio infantil nos últimos dias: já devia ter
aprendido ou devia parar de reclamar e não ficar dedando na mesma
tecla. ta quente pra caramba hoje, vou ficar imaginando um
sorvete de feijão contigo no Bairro da Liberdade, a gente podia
chamar a Nah e
o Guilherme com aquele sotaque carioca irritante,
haha.
Espero que as férias tragam tempo pra gente voltar a se falar
mais.ou pelo menos escrever mais. Tu continua a ser um dos melhores
amigos que tive até hoje, sem dúvida.

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e a gente tem vontade de desistir de um monte de coisas, não tem? aquela vontade de deitar ali e não levantar nunca mais. ou de dormir e acordar só em três dias, como se tudo fosse melhorar ou se resolver sozinho. e a gente tenta preencher os dias que sobram com quaisquer coisas que sobrem pra se fazer, dessas coisas que ajudam a esquecer das outras coisas chatas por algum espaço de tempo

domingo, 19 de dezembro de 2010

better Times

I want you to know the truth
'cause I've been around before
Thought I was looking anymore

Been a fool for weeks
'cause my heart stands for nothing and your soul's too weak
Got a will that's been around for days
Goes far if you want it
It needs to behave

But then you, you come around
Big mistake

I don't want to know
We don't need a sign to know better times

Running around 'cause you beat yourself up
And you made a crack and the one that you love is gone
How much longer can you play with fire before you turn into a liar?

I've been around before
Thought you weren't looking anymore
But then we, we come and go, go up in smoke

I don't want to know
We don't need a sign to know better times


Better Times - Beach House

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

sempre precisei.




-Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas

usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer
os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos
lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos
fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós
mesmos.

Fernando Pessoa

domingo, 12 de dezembro de 2010

das fraturas expostas.

choveu pra caramba, e a noite ficou longe de ter sido uma
noite contente. Chove ainda, e o domingo começou com
uma fratura que ficará exposta até que eu perdoe minhas
próprias babaquices. e nem começou a sangrar ainda. ou
sangrou tudo que devia. ou era oco lá dentro, sem nenhum
sangue pra sair. não tem nada espalhado pelo quarto: eu
acordei cedo pra arrumar, só o edredon continua do mesmo
jeito de quando acordei. tomei o banho mais rápido da vida
e me vesti tentando entender aqueles horários confusos.
chuva só combina com carro, café, pipoca e cama. mesmo
assim, saí de casa e a água caía gelada na cara, assim como
se me avisasse da idiotice, mas na hora parecia bom porque
eu ia acordando enquanto caminhava. a próxima cena não é
complicada de se visualizar, muito mais difícil é estar nela,
devo dizer. é só pensar no meu conto preferido do Caio:
"Para uma avenca partindo". mas ao invés de duas pessoas,
tinha só uma, talvez com todo um pensamento parecido sobre
as avencas e as samambaias, olhando pra ônibus que não
traziam nada. dois cigarros e um café no banco, no frio. na
volta a chuva já não parecia tão bacana e já me sentia mais
acordado do que gostaria de estar. outro banho que não limpa
nada aqui, mas também não faz a fratura arder. cama, outro
café, tantas coisas pra escrever, pra repensar, pra reconsiderar.
acordei em susto, saindo de um sonho que estava em outro
sonho, sabe. daí lembrei da ligação e acho que sorri um pouco.
a casa bem vazia e eu queria que continuasse assim por muitos
outros dias. seguro uma girafa vesga pelo nariz e que fóda:
eu entendo tudo. eu tava entendendo. só acho que é tudo
mais simples, tipo, sim ou não, vou ou não vou, 7 ou 9, querer
ou não querer. não precisa ser babaca, não precisa silenciar,
não precisa ignorar alguém que goste de ti, não só como
corpo, mas pela pessoa que se mostrou até ali, pelo pouco
que foi vivido. acho que não se trata apenas de relacionamentos,
mas como se encara a vida inteira e quem te rodeia: respeito e
consideração, essas breguices clichês que ninguém reclama
ao receber. e mesmo assim, sinto o cheiro e penso
"que massa, te acho tão massa". queria te tirar de dentro
desses conceitos idiotas sobre si mesmo e sobre condições,esses
sentimentos que te prendem contigo mesmo e a pessoas que não
te fazem crescer ou melhorar. e sobre o que deixa de viver por
causa disso. quanta coisa bacana que poderia ser. ter sido.
por nada, ou por pouco, ou por pessoas que mesmo presentes,
só te consideram por interesse ou. enfim, pensar pra caramba
agora. ou não. talvez eu só precise limpar algumas gavetas.
ou talvez eu só precise de um banho por dentro.

sábado, 11 de dezembro de 2010

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toda uma situação muito muito muito familiar.

-não seja idiota comigo.
-(silêncio)
-ok, seja um idiota.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Izzie Stevens, saudade.

Não dá prα sαber quαl diα será o mαis importαnte
dα suα vidα. Os diαs que você pensα que serão
importαntes nuncα αtingem α proporção imαginαdα.
São os diαs normαis, os que começαm normαlmente,
que αcαbαm se tornαndo os mαis importαntes.
Você não reconhece o diα mαis importαnte dα suα vidα
αté que estejα no meio dele.
O diα que você se compromete com αlgo ou αlguém.
O diα que você tem o seu corαção pαrtido.
O diα que você conhece α suα αlmα gêmeα.
O diα em que você se dá contα de que não há tempo
suficiente, porque você quer viver prα sempre.
Esses são os diαs mαis importαntes.
Os diαs perfeitos.



(Grey's Anatomy
~ 5a temp, ep.22)

here today.

nem sempre a gente ouve exatamente o que gostaria.
apesar de ser a mesma situação, cada um vê ela por
um ângulo diferente e espera coisas diferentes dela, de
acordo com o que enxerga ou pelo o que sente das
coisas que já passou ou simplesmente porque pensa diferente.
e ninguém pensa igual. eu penso nisso como um todo,
e no desejo que temos de transformar confiança em
certeza. o que pertence ao campo da confiança não está
no campo da certeza. porque, no fundo, a certeza não há.
tudo se resume à confiança (que vem da segurança que
transpareceu na sinceridade). e se mesmo sem receber
palavras de segurança, eu continuo me sentindo do
mesmo jeito, o que isso devia significar? fico pensando.
mas não quero pensar. e nem me preocupo, como se
estivesse me permitindo sentir sem querer nada
em troca: sem ter certeza de que algo será, só a presença
(da forma que ela puder ser) e a sinceridade.
daí é segunda-feira, dormi demais e tem o dia inteiro de
novo, tenho muitos cafés, músicas e palavras pela frente.
continuo cheirando uma girafa e esperando que os
próximos dias passem logo.

domingo, 28 de novembro de 2010

it's all too much (?)




domingo. só recebi um monte de silêncio que não consigo
explicar e que eunem
sei como tentar recuperar aquilo que
antes não era assim-só-silêncio eque estava me
segurando.
a essa altura das coisas, eu já devia ter sacado que
demonstrar demais
nem sempre é bacana. mas acho que
manter sinceridade comigo mesmo ultrapassa
qualquer coisa
planejada ou sentimentoque eu tente abafar só pra. só pra.
acho que nem motivo tem. sem mais, enquanto for silêncio,
tentarei não esperar nada, mesmo que eu sinta e queira
demais. mesmo que essas vontades (que eu nunca senti
com tanta congruência e estabilidade) não forem embora,
preciso ter certeza que a reciprocidade ainda existe. é tarde
de novo e dormir não vai mudar a vida. mas vai ajudar pra que
a segunda-feira seja melhor que o domindo (se isso for possível).
no resto, nessas coisas que ficam na minha cabeça,
vai ser o que
tiver de ser.