domingo, 30 de agosto de 2009

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e nesses curtos tempos em que não há sexo reconhecendo os
travesseiros, escorrem geléias de mirtilo, caldas de chocolate
e cerejas por cima das coisas mais doces e das coxas mais tenras;
esquentando a imaginação e conseguindo fazer salivar essa
incontrolável frustração de não ter. já não existem códigos,
apenas a vontade de falar o que se sente, sem vergonha ou
preocupação em ter uma resposta, um reflexo basta.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

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acho que alguma coisa acontece entre o olhar e o reconhecimento,
ou entre o esquecer e o avisar. num momento de 'quase frio' no
estômago, a tranquilidade retorna esboçando uma falsa integração
entre o próximo passo, o atual desconcerto e a velha decisão. não
posso conter o 'quase frio' e vou caindo a cada degrau que subi.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

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existem esses momentos que parecem intermináveis em que
só quero fazer tudo, menos o que preciso fazer. e o que desejo
fazer perde o gosto quando realmente faço: exatamente como
o sexo, que perde todo o gosto quando termina, mas é a melhor
coisa da vida do inicio do tesão até a vontade de se limpar e
fumar um cigarro. exausto. feliz por pequenos acontecimentos
do dia, cansado e triste por outros: o de sempre.

o arrependimento nunca é um gesto espontâneo, há sempre
alguma coerção por trás dele. meus gestos não são espontâneos,
ignorando minhas esperanças, espero que as forças do universo
comecem a reagir contrariamente ao que quero, fazendo assim
com que o que finjo não querer realmente aconteça 'naturalmente'.
alguém deve conseguir ser
feliz sempre procurando pessoas pra
caber no seu sonho.
boa sorte, então.
acho que insanidade está
chegando, internação já.hahaha!

o livro terminou super broxante, exatamente assim:

"Tudo era fantasia, um sonho, um mundo de vastas emoções e
pensamentos Imperfeitos"

*título do livro clichê: Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos, Rubem Fonseca.

sábado, 22 de agosto de 2009

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a vida está aí, rindo pra mim como psicopata bolando um plano, saca?

blog de bêbado não tem dono, repito; mas não vou apagar este post
que está aí embaixo: bebida entra e a verdade sai, melhor ainda...
apesar de que o custo benefício desse negózdiblog ta bom não. em
meio a tantas bobagens sobre alma gêmea, laranjas e panelas,
temineifalando sobre mudar a minha vida. podia fazer uma tatuagem,
colocar19837 piercings e skinhediar por aí, mas e a graça? acredite
que a vida
realmente não mudou! MAS consegui mudar alguns
pensamentos, coisa tão inédita na minha vida. EU que sempre fui
por sensações e pensamentos intermináveis, consegui controlar um
sentimento que tanto me chateava, apenas desviando dele. então,
quando penso na coisa/pessoa, logo penso numa cena de filme ou
livro que me distraia, que me faça imaginar detalhes, acendo um
cigarro ou como alguma coisa. está dando certo. devo dizer que
fumo, como e assisto seriados excessivamente, mas o que interessa
é me curar dessa coisa/pessoa.

inteligência manda notícias: voltei a ler compulsivamente. ócio criativo

bate na porta: terminei meia dúzia de desenhos inacabados. hipocrisia,
uma arte! tarde de sábado? desvio mais uma vez indo pra academia.



quinta-feira, 20 de agosto de 2009

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já nao sei mais sei contar como me sinto cansado, feliz por uma
(SÓ UMA) coisa que aconteceu, como me sinto idiota,
irritado
com alguém e ao mesmo tempo decidi largar de
mão velhas coisas
-e pessoas; repito: e pessoas;e, principalmente, pessoas- que não
me interessam, ou me
interessam tanto que me fazem adoecer,
essas baboseiras. to
tão cansado, não consigo dormir e acho que
exatamente nesse
momento eu sinto que não existe ninguém pra mim.
porra, e
toda a história das metades da laranja, a tampa que encaixa
na panela e o papo furado sobre alma gêmea? vou olhar pra cima e
conversar com o universo. as pessoas me contam sobre
o amor e eu
não tenho assunto nenhum pra devolver. curso e
cansaço cruel que
me fazem beber esse vinho ruim, assistir episódios
antigos-toscos-
que-me-fazem-ter-vontade-de-falar-como-
Lorelai-Gilmore,
demonstrarcarência à idiotas via msn e
depois vir aqui contar
que to sentindo um vazio no lugar da
suposta existência de
uma suposta alma gêmea (que se
realmente for gêmea, deve
ser insuportável como
eu sou, mas deve ser boa no sexo, como
eu. HAHA, e toda aquela coisa...)
well, agora tenho habilitação,não
aguento mais ouvir Caetano Veloso
e Nara Leão e pensar em
relacionamentos, to cansado, não tenho carro
nem a metade
da minha laranja, nem nada e preciso acordar cedo, mas
não
tenho sono depois desse puta dia cansativo E AINDA venho

me expor sem nenhuma razão. boa noite, amanhã vou mudar
a
minha vida,com olheiras maiores que as de hoje, e provavelmente
cansado demais pra realmente fazer algo diferente do que
já foi feito. decidi que amanhã vou mandar tudo -e todos; repito:
e todos; e, principalmente,todos- que andam me chateando
praquelelugarzin, sabe? talvez eu me sinta realmente leve e a
vida mude. -N?

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

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adapte-me à uma cama boa.

domingo, 16 de agosto de 2009

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na madrugada, vagalume. ainda tremo, ainda lembro exatamente
da sensação. caralho, não queria escrever isso de forma redonda:
queria
expor cada canto do que senti agora, do que continuo
sentindo, de
tudo isso que está explodindo em mim. mas é
desconhecido demais.me desconheço demais. sinto falta demais
e não entendo essas coisas.

dormi quase o dia todo. 15mg no total e agora que é noite, começo a
me sentir disposto a encarar um dia inteiro, mas é noite e não quero
sair. talvez reler alguma coisa -já que estou sem livros novos-, talvez
esperar você realmente me convidar: eis aqui um assunto em que
podia parar por muitos minutos, falando sobre muitas dores, muitas
angústias, nós na garganta, choramingos secos no caminho de volta
da faculdade e todas essas coisas que sentia por ti em silêncio.
porra,
eu queria te falar tanta coisa.a gente continua, mas a sensação
é que
tu realmente não sabe o que eu sinto de verdade, entende?

a noite de sábado foi boa, mas to tão cansado. eu mesmo me
surpreendi por ter ido, por
resolver amanhecer fora de casa:
fazia tantotempo. acabei vacilando, sei. é que depois
que o sol
bate na cara e a cerveja começa a pesar com o cheiro de
cigarro
nas mãos, a vontade é de estar em casa no mesmo instante,
sem
espera, sem viagem, apenas estar, apenas deitar; mas na real,
acho que quero tudo isso novamente. contar dinheiro, não me
preocupar
com o tempo, se preciso terminar de ler algum livro,
acordar, ver algum
episódio ou ficar com alguém que não vale.
algumas noites demonstram exatamente o que somos em
partes
que só nós compreendemos.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

a vida é minha,

o pôbrema é meu.

nego não pode mais fumar numa boa sentado num banco de

praça sem ser recriminado por uma tia que passa falando
sobre a juventude estragar sua saúde.
se o filho-da-prima-da-sua-amiga tem dezenone anos e um
salário de dois mil por mês, bom pra ele, minha senhora. trabalho
meio turno e não tenho financiamento interminável, gasolina ou
conta de luz pra pagar; assim, posso pagar a mensalidade da
academia e ficar em casa comendo pipoca e assistindo sessão da
tarde da globo sem nenhum remorso. estudo, achei que isso bastava.
lembro que qualquer cadastro de email tem 'estudante' como
opção de profissão. e comparações são toscas e humilhantes.
prefiro o silêncio.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

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controlando essas coisas que não sentia mais. tentando, claro.
acho bom quando as coisas se ajeitam e mesmo sem sentido,
ficam mais claras. mas tem uma dor que não me deixa organizar
o que quero falar agora,um cansaço seco; mesmo assim, to indo
ali participar um pouco das coisas, das coisas que não me
completam -me esvaziam as vezes até- mas que não consigo largar.

e torcer pra que as aulas não sejam adiadas novamente, porque
mais duas semanas aqui sem ter o que fazer é crueldade (?)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

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desenhar ainda tem o mesmo gosto. gosto enferrujado

de encontrar abrigo na busca da perfeição nesses traços
sem utilidade. não é uma explosão no encontro, como antes
quando ficava sem sono antes de terminar as sombras,
antes de terminá-lo todo, agora só é lembrança: resto de habilidade
misturada com uma nostalgia e algumas músicas soltas
pelo corredor. ela gosta da mesa torta e eu dispenso algumas
tranquilidades enquanto chove mais um pouco. tão devagar,
tão devagar, tão devagar pra me arrepender em algumas
horas e já não poder agarrar um travesseiro.

domingo, 9 de agosto de 2009

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fica tudo assim, como se eu tivesse fazendo a merda sozinho.
ninguém comenta sobre a parte dos outros, como se a tentação
estivesse aqui e quem, deliberadamente sai à procura dela,
pela simples condição de não fazer parte daquele mundo, fica
de fora das opiniões por simplesmente não ser aquilo: apenas
querem seus minutos de participação, de satisfação egoísta.
to cagando pra esses comentários, olhares ou opiniões, também
tenho minhas satisfações clandestinas sem entregar toda a
tigela do meu açucar. e o que deixa o café amargo é ver que tudo
tem sempre mais parte dos outros e. fica tudo assim, como se
eu tivesse fazendo a merda sozinho. e o que estufa o estômago
é ver que os créditos nunca são meus, mesmo que -fique surpreso!-
tenha feito as coisas da maneira correta. a chuva pára. dormir logo
por causa de horário de almoço do dia dos pais. garagalhando aqui:
o almoço só tem avô e uma obrigação sacana de ligações hipócritas.
a noite segue tendências. uma música repetida que gosto tanto:

" sunday morning, we'll soon be out on the boulevards.../
...
i'm all about you, you're all about me, we're all about each other/
you don't have to tell, 'cause I know so well what we are all after..."

Paris 2004, Peter Bjorn and John








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você já amou um remédio, Márcio? hein, já amou o efeito de um remédio?

Camila Lopes

sábado, 8 de agosto de 2009

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eu sabia que aconteceria novamente, certo? certo. não me

sinto mais à vontade pra contrariar essas nossas conversas
de sábado. eu sabia que aconteceria novamente e, mesmo
não pensando nisso tudo, fico olhando pra mesa, pra moeda,
pro livro que tento ler com sacrificio; mas esse silêncio novo não
enlouquece, parece tão normal, não sei, dá a sensação de que
tenta me ensinar alguma coisa. essa coisa insiste em ensinar e
eu insisto em observar e querer outras coisas, querer que esse
silêncio me irrite, querer me levantar e não aceitar, quebrar
todas as notas, todas os pratos, todos vocês. não faz diferença
programar ou não os horários das refeições:no fim tudo vira.
você sabe bem. sinto falta das minhas mãos que prometiam,
quando o sol me era estranho e a chuva me trazia palavras.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

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não, hoje não. acho que nem amanhã. lembrei que passei da
fase de organizar meu tempo de acordo com os teus
tempinhos. continue me ligando com voltinhas e continuarei
comendo com música. tenho todas essas páginas pra mastigar,
sentir o gosto, a textura, mas não engolir.
tenho todas essas horas pra enrolar com você e não dormir

com você

sempre me rendo, mesmo sentindo que o dinheiro esta acabando.
sempre termino, mesmo sabendo que não podia ter vindo; e
esse poder é pura invenção da minha tentativa de ser só assim.
de não querer ir mais. ser menos. fazer outro. de ser assim só.


botei na balança, você não pesou.
botei na peneira e você não passou.

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estou aqui, sim. fiz quase todas as coisas que me pediram, passei

em todos os lugares, dividi todos os pedaços, fingi não ver todas
as pessoas que não queria ver e ainda não peguei no sono. ou o
sono não me pegou. um belo dia VOU resolver mudar e arranjar
uma vida vulgar, haha. essas músicas não me agradam mais,
nenhuma delas. vão repetindo sem parar; canto todas elas até a
metade, quando
lembro que não me agradam mais, então vou
trocando. isso significa que
acostumamos tanto com as coisas que
não gostamos mais, que esquecemos que já não gostamos delas,
certo?

vejo
escudos amarelos na parede: imagino-os nos muros, postes,
jornais,
espalhados pela cidade como propaganda barata de produto
inútil que
todos querem desesperadamente comprar; mas eu acordo
e digo que não estão à venda e a propaganda continua lá. faz tanto
sentido pra mim... e mesmo assim, insisto em dizer que não me
entendo,quando obviamente só eu mesmo posso compreender
essas palavrasque se atropelam, como a dispersão de uma onda sobre
a outra,
quebrando sem se acabar.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

gi,


não sou bom em expressar o que se passa aqui dentro. as

pessoas devem achar que sou nada, que sou vulto, presença,
fumaça perto das janelas, platéia sem som. o primeiro poema
feito pra mim, ah, lindo lindo! pode até ser os teus votos no
casamento em Las Vegas, hahaha. foi tão bom te
reencontrar:
no momento certo. estamos melhores do que já fomos,
mas com
aqueles mesmos pontos claros de dor boa na alma. na medida da

minha gaveta: contigo eu posso ser sem me antecipar, me
sinto entendido sem precisar te entregar nada além dos
olhares e sorrisos que trocamos. tu me dá essa sensação tri
boa de pessoa
querida na minha vida, me fazendo bem.
bjos, batatas fritas assassinas e cervejas pro casamento, rs.

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caí da escada e rolei três andares abaixo: não passei. tinha

tanta certeza que seria aprovado, que foi complicado me
acalmar e não responder 'obrigado por NADA' pro examinador
quando ele falou lenta e sinistramente com voz de quem está
atrás do ventilador 'infelizmente você reprovou'. claro, não
adianta bosta nenhuma eu ficar pensando demais, mas é incontrolável.
pensamentos são invasores, parasitas. não é o fim. fecho os olhos
e lembro, mas não é o fim. hoje já ouvi Chelsea Girls 917349847
vezes e não quero dormir. vou fazer de novo. pra quê eu preciso
disso, pra quê?

[e pela minha lei, a gente é obrigado a ser feliz] -Chico Buarque
ficar em pé na porta e sentir o vento logo depois de acordar
traz uma sensação tão boa por alguns segundos, que é possível
esquecer de tudo tudo tudo, ou quase tudo. logo os olhos ardem,
não tenho pernas e as costas querem ir ao chão, mas não tem
jeito: a gente é obrigado a continuar, mesmo que não se sinta
feliz. o dia todo pela frente, falo assim, como se os meus dias
parecessem dias, como se minhas cinco horas não parecessem
dez e como se realizar as vontades de agora eliminassem as que
virão em seguida. queria ser cativante, ter menos silêncio na
face e uma altivez inexistente em meu corpo. mas ah, é assim:
ossos, campos, contas e planos que se dissolvem até o fim do dia.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

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eu sou a noite de hoje.
e meus pensamentos só ficam no amanhã. me exclui dessa
putaria, guarde o amor, a paixão e enfie no seu cú. fugindo já já.

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dois pesos: duas medidas. era um atrás do outro, cada
segundo me carregando pra escuridão de um sono inquieto.
não estava dormindo nem lembrava de respirar.
quem é você? quem é VOCÊ? o telefone toca.
[oi]
(oi)
[te acordei?]
(sim)
[humm]
(me acordou)
[foi mal, que ta fazendo?]
(dormindo! tava, né...)
[quer sair?]
(oi?)
[quer sair c-o-m-i-g-o?]
(agora?)
[é]
(vamos onde?)
[pro meu mundo.]
(só vou se teu mundo tiver cama e aquecedor)
[meu mundo tem sexo]
(em 15 minutos)


flertamos loucamente pela segunda vez em uma semana.
vinho, miró, cartas, um beijo quando estou pensando em
ir embora. não solta a minha mão. não agora, finjo tudo
até amanhecer, como se tivesse dormindo a noite inteira.
lavo tua louça e organizo meu caos. tenho 3 dias inteiros e
o medo de não ter confiança por não ter certeza. fim de noite
em apartamento frio e desconhecido. sem dor, sem pensar:

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estou sem pernas hoje. saldo negativo, sem socorro,
tantas coisas e nenhuma droga que possa resolver
todas. tinha uma calça dentro da outra como quem
usa duas camisetas, engraçado. estou sem pernas
hoje, sem comprimidos, sem sono e com muita vontade
de dormir. eu preciso dormir. eu preciso passar, preciso
ter pernas amanhã e passar nessa merda.

domingo, 2 de agosto de 2009

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odeio essas perguntas prontas que me lembram como
as coisas não estão como imaginava que
estariam.
certo que não. gosto dos jogos, desses
detritos no fim
da noite, assim, logo antes de dormir
sentir tudo que
ainda estará ali quando acordar. as vezes
sinto ter certeza
de que conseguiria continuar por mim
mesmo, assim, sem
a ajuda de ninguém mais. mas a noite
vai indo agora sem
tuas tramas e exageros e, de certa forma,
sinto falta de
tudo isso. misturo tudo o que penso e já
não sei o que é
prioridade, não sei se dou meu nome ou
se apenas espero
cantando e vendo o tempo passar.

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continuo ouvindo Everybody Hurts ou assisto Altas Horas?















morri.

me socorre, Bukowski.

acho que nem faço valer minhas cicatrizes. olho e vejo a beleza
que já foi indo, que correu duas quadras e cinco ligações depois.
seis andares abaixo e sem açucar, a noite não é minha hoje. há
tempos não sinto ter alguma coisa. acordo sem as pernas e é dificil
continuar dormindo ou conseguir levantar. a chuva parou e as
desculpas pra ficar em casa se foram. me rendi. desisti desse hoje
e agora não queria mais estar em casa: parece tarde.
os comprimidos acabam comigo.
seis quadras, dois andares, sem identidade e sem minha marca de
cigarros. canso, quero, me arrumo e desisto. quero uma sala mais
vazia e ninguém no quarto ao lado. estou no lugar dele agora: sete
meses atrás. porra! oito meses já, acho. entendo. sábado de merda.
queria pedir socorro e alguém me socorreu, mas merda, afundei no
meu vazio novamente. quando as coisas não deviam ser, começo a
relembrar tudo isso justamente num sábado que tanto reclamo não
ter sido e me deixo atingir. tem certeza que deseja apagá-lo? SIM.
é simbólico, sei, mas precisava fazer alguma coisa. preciso beber
alguma coisa pra deixar de sentir o teclado e as pessoas do quarto
ao lado. preciso que alguém me reescreva e desconfio que posso sair
correndo pela noite agora que a chuva parou. tenho certeza que te
apagar não foi nada. que não fomos nada e que em algum momento eu
soube pra onde estava indo. com liberdade, reescreva.